Dedico
esta poesia àquela gente que a gente finge não ser gente ou desvia o olhar para não
ver
NO CANTO DAQUELA
CALÇADA
TEM SEMPRE UM LIXO
LIXO QUE MEXE
E REMEXE COM O LUXO
QUE A OSTENTA
CALÇADA DESCALÇA DE
RESPEITO
CALÇADA DE OLHARES
CEGOS
QUE NÃO QUEREM VER
O ENTULHO QUE JOGAMOS
FORA
FINGINDO NÃO SER
NOSSO
LIXO QUE FEDE A
ALIENAÇÃO
DE NOSSA PSEUDO
CONSCIÊNCIA
QUE PRECISA SER
RECICLADA.
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